sábado, 26 de março de 2011

O Negro, a Flor e o Rosário

          



          No dia 12 de Março, foi apresentada a peça teatral “O Negro, a Flor e o Rosário” no Centro Cultural do bairro Padre Eustáquio. Tal peça tratou de um assunto que ainda causa certo preconceito em muitas pessoas, que é a cultura afra brasileira. Por falta de conhecimento dessa cultura muitos a julgam de forma vaga e superficial. “O Negro, a Flor e o Rosário” conta várias histórias de guerreiros, mulheres, mitos, e pessoas em geral que se tornaram símbolos da resistência à escravidão assim como Zumbi e Dalila.
         A peça aborda alguns personagens do folclore brasileiro como, por exemplo, o saci pererê que é uma das criaturas mais conhecidas. A mitologia africana o transformou em um negrinho que perdeu a perna lutando capoeira, que tem um cachimbo, e um gorro vermelho na cabeça. E essa é a imagem que se sobressai até hoje. Ele é considerado como uma figura que gosta de aprontar principalmente com os viajantes noturnos, assustando os mesmos com seu assobia agudo. Reza a lenda, que quem conseguir prender um saci em uma garrafa o terá pra sempre como amigo.Além disso, relata que Cosme e Damião são dois irmãos gêmeos que eram considerados como santos. O dia de São Cosme e Damião é celebrado pelo Candomblé, Batuque, Xangô do Nordeste, Xambá e pelos centros de Umbanda. Os irmãos eram amigos das crianças e teriam a competência de realizar qualquer pedido que fosse feito a eles em troca de doces.
         


        A peça interage com o público de forma lúdica apresentando diversos contos da cultura afro brasileira usando de músicas, tambores e danças que nos transmitem a uma imagem de como são os costumes desse povo. A peça ainda trás uma necessidade de mostrar ao espectador um novo olhar para a consciência negra, fazendo assim com que as pessoas revejam seus conceitos em relação aos negros brasileiros, pois tal preconceito jamais deveria ter existido contra eles que só ajudaram a formatar a cultura desse país. O fato de a peça ser cantada e dançada faz com que ela fique de forma mais clara e fácil de entender, assim pode-se ter a outra visão ou a real visão dessas pessoas que lhes foi citada.