domingo, 27 de fevereiro de 2011

Há Sempre um Copo de Mar para um Homem Navegar









Entre os dias 19 de Janeiro, e 20 de Março de 2011, será realizada a 29° Bienal de São Paulo, no Palácio das Artes e no Centro de Arte Contemporânea e Fotografia, em Belo Horizonte. Neste evento, foram recebidas obras selecionadas da exposição principal, que tem sua sede em São Paulo. O tema do evento é Arte e Política, e o modo de como estão diretamente ligadas, na maioria das vezes por meio de protestos que foram representados em esculturas, quadros, vídeos, e fotografias, como por exemplo, na obra de Artur Barrio, onde trouxas ensanguentadas representam as pessoas que foram mortas na Ditadura Militar; o artista expôs a obra em praça pública e a policia pediu para que ela fosse retida, naquela época o poder era totalmente concentrado nas mãos dos militares, e ninguém tinha o direito de se opor a isso, pois do contrario pagaria com a própria vida (que era forjada como acidental). No evento , o numero de obras foi o suficiente para mostrar aos visitantes o regime nazista da época , a repressão e a tortura.Uma das obras que chama bastante atenção, é um vídeo mostrado logo na entrada onde centenas de pessoas estão presas em um pano extenso. No princípio, cada pessoa anda em uma direção e o andamento coletivo não ocorre. O objetivo principal da obra, é mostrar que se não houver um empenho coletivo , no qual todos trabalhão juntos , ninguém chegará a lugar nenhum.



O olhar sobre a arte é sempre despretensioso, cada um tem uma maneira de enxergar aquilo que a obra transmite. A arte é uma realidade social, mais a artista não tem a obrigação de expor a função social da obra.  As obras desta Bienal nos transportam, até a Ditadura Militar, a 2° Guerra Mundial, e a Década de 80, e à atualidade futil do povo brasileiro, nos fazendo assim refletir sobre nossas escolhas, pois elas podem mudar a realidade de um país.